Gente de longe. Rostos diferentes que rasgam a corrente. Não partem nem ficam, não são de ninguém.
Nas estações esperam em grilhões que o comboio chegue e passe, sem nunca assumir um porto.
É a hora. O mundo tem prazo, quem ficar apenas vai ver a sua face doente.
São horas. Partir ou ficar. Mudar o rosto, mudar a bagagem faz-nos livres. Fazer florescer nos que passam inquietude.
Fazer de tudo uma estação e de cada um um porto. O nosso porto. Para que sejamos sem porto aportados. Para que sejamos parte da revolução.
Andarilhos e saltimbancos que fazem malabarismos com a língua.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Gente de Longe
Publicada por Joana Carvalho à(s) sexta-feira, março 20, 2009
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