sexta-feira, 13 de março de 2009

Para quem estiver...

Apesar de já ter criado este blogue há meses, a vontade de escrever aqui nunca foi muita. No entanto hoje algo mudou isso. Após várias horas em frente ao portátil a estudar point-free uma amiga veio falar comigo e o que ela me disse aliado à falta de vontade de continuar a estudar fez-me ver que pelo menos num blog posso reclamar e falar do que quiser.
Eu sou aluna da melhor Universidade do Universo, localizada na via láctea que tem milhares de biliões de estrelas e à volta de uma dessas estrelas gira o meu planeta. Cá vivem aproximadamente 6,5 biliões de pessoas e chama-se Terra. Mas se estiverem muito longe procurem um berlinde azul pela galáxia.
Aqui, nós, entes do sexo feminino não somos lá muito respeitadas, apesar de arcarmos com o futuro do planeta às costas. Somos tidas como o sexo fraco, e até tentam provar que nós não estámos aptas para áreas como a matemática e a ciência. Cada dia nas nossas vidas é uma luta constante pla aceitação nas mesmas profissões que os homens, cuja mente parece nunca se abrir a essa possíbilidade. Embora existam provas irrefutáveis dos nossos talentos nas diversas áreas eles parecem negar-se a aceitar quem somos e o que representamos no seu mundo. Eu e mais uma minoria de companheiras embrenhamo-nos num dos mais tortuosos caminhos para se ser mulher, a Informática. É como ser uma gazela a correr no torrido calor africano de uma chita, se não corrermos muito mais que ela somos devoradas pelo machismo animal.
Ninguém sabe o quão cansativo é não parar de correr, e mesmo estando à frente nunca parecem acabar os predadores. O que é que podemos fazer para acabar, parar e lutar? Passar a vida em conflito, ou por outro lado abrir a mente do homem à nossa presença, não para acasalar mas para partilhar o conhecimento do mundo, do sistema solar e do Universo?

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