terça-feira, 19 de maio de 2009

Novo algoritmo - Google à procura dos funcionários que se podem despedir

Citando uma notícia do jornal Público que achei cómica:

Conhecida como um dos melhores sítios para trabalhar em todo o mundo, a empresa está agora preocupada com os funcionários insatisfeitos que se podem despedir - e resolveu criar um algoritmo para identificar o pessoal descontente e tentar antecipar eventuais demissões.

Segundo o Wall Street Journal, a empresa começou agora a testar uma fórmula matemática que poderá permitir identificar os funcionários menos satisfeitos com as condições de trabalho.

Citado pelo jornal americano, o responsável de recursos humanos da Google diz que o algoritmo deverá ser capaz de "entrar nas cabeças das pessoas antes de estas pensarem que podem vir a sair".

A afirmação e a estratégia escolhida para evitar demissões está completamente em linha com a filosofia da Google, que criou um império precisamente através da análise exaustiva de dados e da melhoria constante de um algoritmo de pesquisa. Também o presidente executivo Eric Schmidt, numa entrevista que foi amplamente repetida na Web, já afirmou que, no futuro, os utilizadores poderão fazer ao Google perguntas sobre que emprego aceitar ou o que fazer no dia seguinte.

Regalias

A comida gratuita cozinhada por chefs criteriosamente seleccionados, as zonas de diversão, o ambiente muito informal, a capacidade de inovação - são vários os factores de que a Google se orgulhava e que fizeram com que encabeçasse muitas listas dos melhores sítios para trabalhar no mundo.

No entanto, com a crise financeira, e apesar de continuar muito rentável, a Google teve de fazer ajustes. E, ao que parece, trabalhar na multinacional americana já não é o que era (a começar, por haver, desde o ano passado, restrições à comida grátis).

Surgiram já na Internet queixas de um processo de recrutamento demasiado burocrático (a empresa é também conhecida por fazer passar os candidatos a um emprego por um longo processo de selecção), de salários baixos face à concorrência e de se ter perdido o espírito de start-up, fazendo com que o trabalho de cada pessoa não tenha um impacto significativo no produto final.

Recentemente, alguns funcionários de topo optaram por trocar de emprego, o que deixou a Google preocupada com a possibilidade de uma fuga de talento. Alguns nomes importantes dentro da empresa têm preferido ir trabalhar para companhias mais pequenas e mais jovens, como o Facebook ou o Twitter.

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