quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estas ruas cheiram a velho e a luzes pálidas.
Percorre-as uma mulher louca que geme em cada passo.
Rasga os cabelos por um amor que está em nojo.
Quem quer está sepultado. E a terra é longe. E tem deuses mortos.
Sublinha o xadrez das calçadas de vermelho. Seus pés estão descalços.
E chora...
Seus soluços soam ao kitch de teatro do populacho. Cantados e falsamente doridos.
Seu coração esmigalhado não lhe dá asas à sinceridade.  Só à luxuria.
E geme, manchando onde passa. Descalça e descuidada. Que só os vidros lhe dão prazer.

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